Café é o primo simples do vinho



A história da barista Silvia Magalhães, 31 anos, começou por acaso, em 2003, quando a profissão que o torna um especialista em cafés (desde a escolha do grão até a arte de tirar um espresso da máquina) ainda era pouco conhecida no Brasil. Hoje, diretora de qualidade do Octavio Café, em São Paulo, ela se formou em Comércio Exterior e, na época, trabalhava em uma empresa do setor de café. Silvia então resolveu participar, por brincadeira, de um campeonato de baristas, e ganhou.

"Sempre tive o costume de sentir o cheiro de tudo", diz. Mas, a partir desse episódio, ela começou a fazer cursos no Brasil e no exterior e a participar de concursos. Três vezes campeã do Campeonato Brasileiro de Baristas, Silvia diz que a degustação começa pelo aroma. "O café possui 36 aromas diferentes. Consigo distinguir quase todos, mas alguns são realmente muito sutis", explica.

Com olfato treinado, a especialista conta que as fragrâncias mais nítidas são de chocolate, nozes, avelã, damasco e limão. Já o aroma de madeira revela um café ruim. Numa prova de degustação, ela confere aroma e sabor do café para avaliar doçura, acidez, amargor e corpo da bebida. "O bom café é doce (toques de mel, baunilha), tem corpo aveludado, acidez cítrica (prazerosa) e pouquíssimo amargor", explica.


fonte: Terra noticias.